EDUCAÇÃO atualizado
E 1964 CONTINUA.
C A N D I R U.
Informativo do Movimento Candiru ano: 3/nº 02/ feveriro/ 2006!.
Produção: Agência Candiru ING. 060919736419093-5
CONTATOS: 092 36413500/comandantecandiru@yahoo.com.br.
“Se usas os mesmos métodos que teu inimigo. Que diferença existe entre tu e ele?” Omar Kaian
É preciso enterramos 1964 antes que ele nos enterre também. Tenho ouvido muito imitador de papagaio repetir que os movimentos populares e de trabalhadores estão de refluxo, estão em crise. Esta sentença mil vezes repetida, já se transformou numa verdade autoexplicativa, pois os sindicatos estão em crise, a juventude esta embalada nos braços de Morpheus (drogas, internet, celulares, televisão, consumismo), as associações de moradores estão passando por um momento de letargia, as associações de pais e mestres são omissas, a grande maioria das ongs defendem interesses escusos. A verdade se impõe totalitária e esmagadoramente convincente.
Mas para o Filósofo esta verdade é uma cortina de fumaça, é uma conclusão óbvia demais. É preciso olhar para a historia recente do Brasil para entendermos o nosso momento histórico e assim poder ensaiar respostas à questão que se coloca. Por que os movimentos populares estão de refluxo e agonizam numa crise existencial e moral?
Uma das respostas plausíveis possíveis é que 1964 continua na cabeça das pessoas em pleno 2006. Basta olharmos para as fotografias de 1964 e de 2006 e procurarmos olhar na cabeça das pessoas para vermos que elas eram muito mais livres, divertidas e calmas, imprevisíveis e indóceis e cada uma tinha um cabelo estiloso só seu, único. e as barbas e bigodes eram bem diferentes dos existentes hoje. De 1964 para cá os homens foram tirando as barbas e raspando os cabelos, a estética da maioria dos civis de hoje não se diferencia nenhum pouco da estética militar. As fotografias e filmes estão aí para comprovar.
A estética militar é apenas a ponta de um grande bloco de gelo flutuando no mar ideológico, a simples presença do predomínio absoluto da estética militar nos dias atuais, 17 anos da primeira eleição “livre” para presidente do Brasil nos revela que a ideologia totalitária e preconceituosa implantada durante o golpe militar através dos aparelhos ideológicos do estado especialmente da educação e dos meios de comunicação de massa continua ativa. E 42 anos depois do golpe, esta ideologia destruiu os movimentos populares, transformou mais de 80% da população brasileira em analfabetos funcionais e informáticos. Transformou o Brasil em um palco diário de violações dos direitos humanos por parte dos agentes do estado principalmente por parte da polícia e dos governantes facínoras que se apropriam do dinheiro público destinados às políticas públicas condenando muitas pessoas ao sofrimento e à morte por falta justamente das políticas públicas.
Um fato que aconteceu e que quase ninguém percebeu foi que os militares fizeram uma limpeza ideológica no Brasil de 1964, eliminando uma grande quantidade de estudantes que eram a massa crítica e pensante. Foi um genocídio da nossa intelectualidade estudantil, a maioria dos mortos mais de 70% deles tinha menos de 25 anos, isto sem falar nos professores.
Caiu em minhas mãos quase que por acaso o livro Direito à memória e à verdade da comissão especial de mortos e desaparecidos políticos. São menos de quinhentos nomes que compõe este livro, talvez o numero real de mortos e desaparecidos seja muito maior. Entretanto se não for no leva a crer que por maior que fosse o movimento ele só atingiu um pequeno montante. Mas um montante imprescindível.
Outra ideia que aparece é que estes mortos foram usados como exemplo para barrar com sangue e sofrimento os desejos de liberdade do povo especialmente da juventude. A imensa maioria dos sacrificados são pessoas da década de 40, ou seja, de jovens que tinham acabado de completar vinte anos. Não foram só os jovens que foram assassinados, mas os sonhos de toda uma geração, de todo um país. E o que sobrou daquela geração sonhadores foi a pior parte deles, foram os caguetas e covardes que ao assumir o poder agora na atualidade impõe a mesma política que combatiam com uma ferocidade ideológica ainda mais Barbara.
Ora todo o movimento que promoveu a semana de arte moderna que estabeleceu a independência do Brasil no campo da arte, da intelectualidade, da ciência que vinha adotando o modelo Frances de educação, que sobrevivera a Getulio Vargas e que tem na criação da USP seu modelo ideológico de educação baseado no humanismo, foi perseguido e destroçado e o modelo de educação passou a ser o tecnicinismo dos estados unidos.
Outro mito que se conta que foi a juventude que se rebelou, fato este que não é verdadeiro. Em 1964 o Brasil era um pais agrário, a maior parte da população vivia no campo e a menor parte dos jovens moravam na cidade, deste somente a menor parte é que possuía a oportunidade de frequentar escolas e universidade. Portanto tivemos menos de um por cento dos jovens envolvidos nesta historia. A maior parte dos jovens na época estavam embalados pelo rock dos anos 60 e 70. As vezes chego apensar que se confunde o jovens comuns da década de 60 e 70 com os jovens revolucionários o que é enganoso. A verdade é que apesar de considerável o montante de jovens engajados eles representavam só uma pequena porcentagem. Todavia muito barulhenta, organizada e temerária que se enganava com o poder de ação que realmente detinha.
O trágico é que era a parcela mais importante, mais crítica e sensível que foi sacrificada pelo regime militar que sem nenhuma dúvida podemos classificar de totalitário. Este foi o maior crime, o mais perverso de todos os crimes cometido pelo golpe militar. Ele assassinou o sonho coletivo de muitas pessoas e paralisou o processo democrático que foi retomado em 1988, mas que hoje não funciona simplesmente porque faltam pessoas qualificadas para impulsiona-lo ou fazê-lo funcionar.
As pessoas de hoje com poucas exceções são submissas com os chefes e carrascas com os subalternos, são poucas as pessoas que fogem deste padrão produzido pela educação dos dias atuais.
Se esta ideologia velada continuar no mesmo ritmo de cruzeiro que está hoje, em poucos anos teremos um país tecnologicamente obsoleto dependente dos estados unidos em tudo. Quando os militares agentes da CIA derrubaram Jango implantaram um regime totalitário, um regime de terror e ao mesmo tempo, implementaram através do aparelho ideológico da educação a pedagogia do terror, do medo, do silencio, da docilidade, da obediência cega ao superior na hierarquia, da corrupção. E através das aulas de educação moral e cívica e de muitas mensagens subliminares de propagandas domesticaram a cabeça dos estudantes que passaram pelos bancos das escolas públicas, transformaram a rebeldia da juventude em violência gratuita, a sede de liberdade em fome de drogas, os sonhos em pesadelos.
Todos os ditos cidadãos brasileiros que estão ativos nas funções públicas especialmente nas de professores sofreram e continuam a sofrer as consequências da pedagogia do terror, e reproduzem esta mesma ideologia todos os dias dentro das salas de aula. Esta pedagogia (ideologia) do terror reforça a ideia de que o mais forte tem mais razão que o justo e legitima a violência e a corrupção.
Outro nome da pedagogia do terror é pedagogia da corrupção. Sabemos que o Brasil foi colonizado por putas, estupradores, ladrões, pela escoria social de Portugal, os corruptos dos corruptos, (cabendo ao mais corrupto o mando da colônia); que escravizaram os povos autóctones, e os povos negros da áfrica, foram eles os primeiros cultivadores da corrupção que se tornou uma escola nacional pela qual passaram os antigos coronéis e os atuais coronéis midiáticos.
O poder judiciário é hereditário, e os poderes executivos e legislativos são comprados no olho da rua durante as campanhas eleitorais ou diariamente através da TV e das rádios, é essa canalha, meia dúzia de gatos pingados que continua a concentrar a riqueza enquanto a maioria do povo brasileiro fica pobre e passa fome.
A pedagogia da canalhice, da corrupção desemboca na pedagogia do terror. Hoje olhamos para o Zé Dirceu, o Zé Serra, ambos corruptos, mas em suas juventudes eles lutaram assim como muitos da idade deles que morreram nas guerrilhas equivocadas e não perguntamos que tipos de professores eles tiveram, que os convenceram a ir para as ruas lutar pela democracia, pela manutenção do estado de direito, lutar pela liberdade de expressão.
A ideologia libertária e ética destes professores que queriam o Brasil livre, foi ferida de morte pelo golpe de 1964, muitos professores foram perseguidos e mortos para servir de exemplo, os mártires desconhecidos da liberdade, serviram para impor o medo feroz para abalar física e psicologicamente os professores, os anos foram passando e os professores remanescentes desta época foram morrendo e substituídos por outros professores esquinerizados, sem emoções, dóceis, obedientes, cuja única causa motora é o dinheiro para satisfazer o desejo de consumo.
As escolas públicas foram tomadas por agentes X9 da série corruptus, os mais rasos com professores e os mais graduados como diretores nomeados para impedir o aprendizado e o exercício da democracia dentro das escolas públicas. Estes agentes devem agir como ditadores, como unidade numa grande rede de corrupção de desprezo pela constituição e pelos direitos humanos.
É um fato sintomático muito perigoso não termos lideranças estudantis se preparando para o exercício da vida pública. A preocupação se fundamenta porque é na escola que as pessoas devem aprender a governar a cidade através do aprendizado e exercício diário da cidadania e da democracia. Mas se vamos á escola e perguntamos se o diretor é eleito recebemos a resposta que não ele é indicado pelo secretário de educação e aí verificamos o tipo de democracia que existe nas escolas. Os novos grêmios não são frutos da mobilização dos estudantes, mas de interesses escusos de diretores que querem montar os novos monstrengos institucionais denominados conselhos escolares.
Outro fato que temos hoje é que o refluxo dos movimentos populares é o resultado da bomba relógio da pedagogia do terror reinventada e implantada pelos agentes da Cia em 1964 que ainda viajará por algum tempo antes de ser abatida se é que realmente algum dia isso será feito.
Agora que sabemos disso temos a obrigação moral de inventarmos a pedagogia da liberdade, da moral da liberdade que respeite e proteja a pluralidade cultural em todos os seus aspectos, que se seja mais poderosa que a pedagogia do terror. Devemos pensar e construir uma escola voltada para o aprendizado e exercício da liberdade e da democracia, para a reflexão da ecoética e da práxis moral da ecocidadania.
Temos que construir um processo educativo libertador, um projeto que consumirá toda a nossa vida, eu particularmente acredito que se a minha vida ajudar na construção da pedagogia da liberdade, da justiça ela terá valido a pena. Convidamos todos os professores para começarmos uma revolução libertadora, silenciosa dentro das nossas próprias mentes e depois ou concomitantemente nas escolas, joguemos fora o fardo da escravidão e da obediência. Construamos juntos a ideologia da liberdade também chamada de pedagogia da liberdade que nos permita criar um pais livre e um sistema econômico que possibilite a distribuição igualitária e equânime da riqueza e que tenha como regra a autogestão comunitária. É preciso enterramos 1964 antes que ele nos enterre também.
E 1964 CONTINUA.
C A N D I R U.
Informativo do Movimento Candiru ano: 3/nº 02/ feveriro/ 2006!.
Produção: Agência Candiru ING. 060919736419093-5
CONTATOS: 092 36413500/comandantecandiru@yahoo.com.br.
“Se usas os mesmos métodos que teu inimigo. Que diferença existe entre tu e ele?” Omar Kaian
É preciso enterramos 1964 antes que ele nos enterre também. Tenho ouvido muito imitador de papagaio repetir que os movimentos populares e de trabalhadores estão de refluxo, estão em crise. Esta sentença mil vezes repetida, já se transformou numa verdade autoexplicativa, pois os sindicatos estão em crise, a juventude esta embalada nos braços de Morpheus (drogas, internet, celulares, televisão, consumismo), as associações de moradores estão passando por um momento de letargia, as associações de pais e mestres são omissas, a grande maioria das ongs defendem interesses escusos. A verdade se impõe totalitária e esmagadoramente convincente.
Mas para o Filósofo esta verdade é uma cortina de fumaça, é uma conclusão óbvia demais. É preciso olhar para a historia recente do Brasil para entendermos o nosso momento histórico e assim poder ensaiar respostas à questão que se coloca. Por que os movimentos populares estão de refluxo e agonizam numa crise existencial e moral?
Uma das respostas plausíveis possíveis é que 1964 continua na cabeça das pessoas em pleno 2006. Basta olharmos para as fotografias de 1964 e de 2006 e procurarmos olhar na cabeça das pessoas para vermos que elas eram muito mais livres, divertidas e calmas, imprevisíveis e indóceis e cada uma tinha um cabelo estiloso só seu, único. e as barbas e bigodes eram bem diferentes dos existentes hoje. De 1964 para cá os homens foram tirando as barbas e raspando os cabelos, a estética da maioria dos civis de hoje não se diferencia nenhum pouco da estética militar. As fotografias e filmes estão aí para comprovar.
A estética militar é apenas a ponta de um grande bloco de gelo flutuando no mar ideológico, a simples presença do predomínio absoluto da estética militar nos dias atuais, 17 anos da primeira eleição “livre” para presidente do Brasil nos revela que a ideologia totalitária e preconceituosa implantada durante o golpe militar através dos aparelhos ideológicos do estado especialmente da educação e dos meios de comunicação de massa continua ativa. E 42 anos depois do golpe, esta ideologia destruiu os movimentos populares, transformou mais de 80% da população brasileira em analfabetos funcionais e informáticos. Transformou o Brasil em um palco diário de violações dos direitos humanos por parte dos agentes do estado principalmente por parte da polícia e dos governantes facínoras que se apropriam do dinheiro público destinados às políticas públicas condenando muitas pessoas ao sofrimento e à morte por falta justamente das políticas públicas.
Um fato que aconteceu e que quase ninguém percebeu foi que os militares fizeram uma limpeza ideológica no Brasil de 1964, eliminando uma grande quantidade de estudantes que eram a massa crítica e pensante. Foi um genocídio da nossa intelectualidade estudantil, a maioria dos mortos mais de 70% deles tinha menos de 25 anos, isto sem falar nos professores.
Caiu em minhas mãos quase que por acaso o livro Direito à memória e à verdade da comissão especial de mortos e desaparecidos políticos. São menos de quinhentos nomes que compõe este livro, talvez o numero real de mortos e desaparecidos seja muito maior. Entretanto se não for no leva a crer que por maior que fosse o movimento ele só atingiu um pequeno montante. Mas um montante imprescindível.
Outra ideia que aparece é que estes mortos foram usados como exemplo para barrar com sangue e sofrimento os desejos de liberdade do povo especialmente da juventude. A imensa maioria dos sacrificados são pessoas da década de 40, ou seja, de jovens que tinham acabado de completar vinte anos. Não foram só os jovens que foram assassinados, mas os sonhos de toda uma geração, de todo um país. E o que sobrou daquela geração sonhadores foi a pior parte deles, foram os caguetas e covardes que ao assumir o poder agora na atualidade impõe a mesma política que combatiam com uma ferocidade ideológica ainda mais Barbara.
Ora todo o movimento que promoveu a semana de arte moderna que estabeleceu a independência do Brasil no campo da arte, da intelectualidade, da ciência que vinha adotando o modelo Frances de educação, que sobrevivera a Getulio Vargas e que tem na criação da USP seu modelo ideológico de educação baseado no humanismo, foi perseguido e destroçado e o modelo de educação passou a ser o tecnicinismo dos estados unidos.
Outro mito que se conta que foi a juventude que se rebelou, fato este que não é verdadeiro. Em 1964 o Brasil era um pais agrário, a maior parte da população vivia no campo e a menor parte dos jovens moravam na cidade, deste somente a menor parte é que possuía a oportunidade de frequentar escolas e universidade. Portanto tivemos menos de um por cento dos jovens envolvidos nesta historia. A maior parte dos jovens na época estavam embalados pelo rock dos anos 60 e 70. As vezes chego apensar que se confunde o jovens comuns da década de 60 e 70 com os jovens revolucionários o que é enganoso. A verdade é que apesar de considerável o montante de jovens engajados eles representavam só uma pequena porcentagem. Todavia muito barulhenta, organizada e temerária que se enganava com o poder de ação que realmente detinha.
O trágico é que era a parcela mais importante, mais crítica e sensível que foi sacrificada pelo regime militar que sem nenhuma dúvida podemos classificar de totalitário. Este foi o maior crime, o mais perverso de todos os crimes cometido pelo golpe militar. Ele assassinou o sonho coletivo de muitas pessoas e paralisou o processo democrático que foi retomado em 1988, mas que hoje não funciona simplesmente porque faltam pessoas qualificadas para impulsiona-lo ou fazê-lo funcionar.
As pessoas de hoje com poucas exceções são submissas com os chefes e carrascas com os subalternos, são poucas as pessoas que fogem deste padrão produzido pela educação dos dias atuais.
Se esta ideologia velada continuar no mesmo ritmo de cruzeiro que está hoje, em poucos anos teremos um país tecnologicamente obsoleto dependente dos estados unidos em tudo. Quando os militares agentes da CIA derrubaram Jango implantaram um regime totalitário, um regime de terror e ao mesmo tempo, implementaram através do aparelho ideológico da educação a pedagogia do terror, do medo, do silencio, da docilidade, da obediência cega ao superior na hierarquia, da corrupção. E através das aulas de educação moral e cívica e de muitas mensagens subliminares de propagandas domesticaram a cabeça dos estudantes que passaram pelos bancos das escolas públicas, transformaram a rebeldia da juventude em violência gratuita, a sede de liberdade em fome de drogas, os sonhos em pesadelos.
Todos os ditos cidadãos brasileiros que estão ativos nas funções públicas especialmente nas de professores sofreram e continuam a sofrer as consequências da pedagogia do terror, e reproduzem esta mesma ideologia todos os dias dentro das salas de aula. Esta pedagogia (ideologia) do terror reforça a ideia de que o mais forte tem mais razão que o justo e legitima a violência e a corrupção.
Outro nome da pedagogia do terror é pedagogia da corrupção. Sabemos que o Brasil foi colonizado por putas, estupradores, ladrões, pela escoria social de Portugal, os corruptos dos corruptos, (cabendo ao mais corrupto o mando da colônia); que escravizaram os povos autóctones, e os povos negros da áfrica, foram eles os primeiros cultivadores da corrupção que se tornou uma escola nacional pela qual passaram os antigos coronéis e os atuais coronéis midiáticos.
O poder judiciário é hereditário, e os poderes executivos e legislativos são comprados no olho da rua durante as campanhas eleitorais ou diariamente através da TV e das rádios, é essa canalha, meia dúzia de gatos pingados que continua a concentrar a riqueza enquanto a maioria do povo brasileiro fica pobre e passa fome.
A pedagogia da canalhice, da corrupção desemboca na pedagogia do terror. Hoje olhamos para o Zé Dirceu, o Zé Serra, ambos corruptos, mas em suas juventudes eles lutaram assim como muitos da idade deles que morreram nas guerrilhas equivocadas e não perguntamos que tipos de professores eles tiveram, que os convenceram a ir para as ruas lutar pela democracia, pela manutenção do estado de direito, lutar pela liberdade de expressão.
A ideologia libertária e ética destes professores que queriam o Brasil livre, foi ferida de morte pelo golpe de 1964, muitos professores foram perseguidos e mortos para servir de exemplo, os mártires desconhecidos da liberdade, serviram para impor o medo feroz para abalar física e psicologicamente os professores, os anos foram passando e os professores remanescentes desta época foram morrendo e substituídos por outros professores esquinerizados, sem emoções, dóceis, obedientes, cuja única causa motora é o dinheiro para satisfazer o desejo de consumo.
As escolas públicas foram tomadas por agentes X9 da série corruptus, os mais rasos com professores e os mais graduados como diretores nomeados para impedir o aprendizado e o exercício da democracia dentro das escolas públicas. Estes agentes devem agir como ditadores, como unidade numa grande rede de corrupção de desprezo pela constituição e pelos direitos humanos.
É um fato sintomático muito perigoso não termos lideranças estudantis se preparando para o exercício da vida pública. A preocupação se fundamenta porque é na escola que as pessoas devem aprender a governar a cidade através do aprendizado e exercício diário da cidadania e da democracia. Mas se vamos á escola e perguntamos se o diretor é eleito recebemos a resposta que não ele é indicado pelo secretário de educação e aí verificamos o tipo de democracia que existe nas escolas. Os novos grêmios não são frutos da mobilização dos estudantes, mas de interesses escusos de diretores que querem montar os novos monstrengos institucionais denominados conselhos escolares.
Outro fato que temos hoje é que o refluxo dos movimentos populares é o resultado da bomba relógio da pedagogia do terror reinventada e implantada pelos agentes da Cia em 1964 que ainda viajará por algum tempo antes de ser abatida se é que realmente algum dia isso será feito.
Agora que sabemos disso temos a obrigação moral de inventarmos a pedagogia da liberdade, da moral da liberdade que respeite e proteja a pluralidade cultural em todos os seus aspectos, que se seja mais poderosa que a pedagogia do terror. Devemos pensar e construir uma escola voltada para o aprendizado e exercício da liberdade e da democracia, para a reflexão da ecoética e da práxis moral da ecocidadania.
Temos que construir um processo educativo libertador, um projeto que consumirá toda a nossa vida, eu particularmente acredito que se a minha vida ajudar na construção da pedagogia da liberdade, da justiça ela terá valido a pena. Convidamos todos os professores para começarmos uma revolução libertadora, silenciosa dentro das nossas próprias mentes e depois ou concomitantemente nas escolas, joguemos fora o fardo da escravidão e da obediência. Construamos juntos a ideologia da liberdade também chamada de pedagogia da liberdade que nos permita criar um pais livre e um sistema econômico que possibilite a distribuição igualitária e equânime da riqueza e que tenha como regra a autogestão comunitária. É preciso enterramos 1964 antes que ele nos enterre também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário