O NOVO BATMAN E O VELHO CONSERVADORISMO GRINGO
Se compararmos a "questão social" tal como é tratada neste novo filme do Batman com o tratamento dispensado a mesma no filme P&B sobre a Revolução Francesa de Jean Renoir (A MARSELHESA) veremos como o cineasta gringo é limitado em suas escolhas. Para ele a "questão social" ou não existe ou é "caso de Polícia" (e de super-herói decadente).
No pensamento norte-americano conservador veiculado pela imprensa gringa e pelo cinema gringo não há espaço para "justiça social" que resulte da ação política organizada da população. A luta de classes genuína mostrada por Jean Renoir em A MARSELHESA é simplificada e descaracterizada no filme Batman.
A nova super-produção de Hollywood bestializa o cinéfilo, levando-o a acreditar que não existe revolução que não seja apenas resultado de atos criminosos. Pior, faz o respeitável público pressupor que a preservação da ordem social e da hierarquia economica são dados naturais, divinos e, portanto, legítimos por si só mesmo quando a injustiça social se torna a regra.
Não estranha o fato de um atirador inaugurar o filme com 12 cadáveres e muitos feridos. Aquele criminoso biruta isolado é exatamente o produto social que o filme Batman almeja criar.
Por: CMI
É curiosa a forma como o cinema gringo trata a revolução social.
Se compararmos a "questão social" tal como é tratada neste novo filme do Batman com o tratamento dispensado a mesma no filme P&B sobre a Revolução Francesa de Jean Renoir (A MARSELHESA) veremos como o cineasta gringo é limitado em suas escolhas. Para ele a "questão social" ou não existe ou é "caso de Polícia" (e de super-herói decadente).
No pensamento norte-americano conservador veiculado pela imprensa gringa e pelo cinema gringo não há espaço para "justiça social" que resulte da ação política organizada da população. A luta de classes genuína mostrada por Jean Renoir em A MARSELHESA é simplificada e descaracterizada no filme Batman.
A nova super-produção de Hollywood bestializa o cinéfilo, levando-o a acreditar que não existe revolução que não seja apenas resultado de atos criminosos. Pior, faz o respeitável público pressupor que a preservação da ordem social e da hierarquia economica são dados naturais, divinos e, portanto, legítimos por si só mesmo quando a injustiça social se torna a regra.
Não estranha o fato de um atirador inaugurar o filme com 12 cadáveres e muitos feridos. Aquele criminoso biruta isolado é exatamente o produto social que o filme Batman almeja criar.
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