6 de abr. de 2013

Presidente que "Diplomou" Feliciano é indiciado por estelionato pela PF

Presidente de entidade que 'diplomou' Feliciano é acusado de estelionato e indiciado pela PF

por Niassa Jamena / Cláudia Cardozo / José Marques
Do sitio Bahia Notícias
O presidente da entidade que concedeu ao deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) o diploma de “defensor dos direitos humanos”, Eliseu Simões Fagundes Rosa, é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de estelionato e de manter uma instituição ilegal que se passava por órgão federal. As denúncias foram abertas após inquérito da Polícia Federal que “averiguava a suposta prática dos crimes de estelionato e falsificação de sinal público”. Feliciano recebeu o “certificado” da Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos em sua passagem por Salvador, na última quinta-feira (6). A instituição anterior de Eliseu se chamava "Conselho Federal dos Direitos Humanos". 


De acordo com o MPF, em ação civil da procuradora Luciana Loureiro Oliveira (veja o arquivo completo), apesar de o conselho ser uma empresa privada, utilizava artifícios para parecer vinculada à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). A entidade, segundo a procuradoria, investiu os funcionários “fantasiosos poderes de Estado e fornecendo indumentária própria de polícia, como coletes, carteiras funcionais, botons e viaturas”. “Apresentam, também, em website e em papéis timbrados inverídica vinculação com organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas e com outros órgãos do governo federal, como Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de Segurança Pública”, diz o documento. Os procedimentos induziriam a erro “cidadãos comuns, parceiros daquela Secretaria Especial e até mesmo órgãos governamentais, e tem gerado descrédito e confusão em relação às instituições de direitos humanos e políticas mantidas pelo governo federal”. “As rés nem ao menos ostentam a condição de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Oscip, e não possuem igualmente inscrição no Cadastro Nacional de Entidades de Utilidade Pública ou no Sistema Nacional de Assistência Social”, diz o documento.

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