Sem médicos nos hospitais e UPAS do DF, população mais pobre sofre sem ter atendimento
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Não é novidade para ninguém que os serviços de Saúde Pública no Distrito Federal nunca estiveram tão precários como nos dias atuais.
No governo anterior também é certo que os serviços estavam precarizados, mas estavam bem melhores do que hoje, entretanto, a grande mídia, principalmente a Globo, publicava diuturnamente matérias mostrando os problemas nos hospitais, a falta de medicamentes, equipamentos quebrados, a falta de médicos, etc.
Desde que o governador Rollemberg assumiu o governo as matérias sobre o assunto reduziram mais de 90% e quando acontecem são rápidas e com comentários dos jornalistas "amenizando" a situação, paralelo a este fato, o GDF investe pesado em anúncios nos jornais e na TV.
Nesta sexta-feira (12) encontrei uma vendedora ambulante de picolés no Setor Gráfico, a dona Tereza. Fui comprar um picolé e percebi que ela não estava bem, parecia ter dificuldade para respirar.
Perguntei se estava tudo bem e ela me disse que "nada seu moço, sinto dores nas costas, calafrios e dificuldade para respirar, acho que é pneumonia...", respondeu-me dona Tereza.
Perguntei então se ela já havia procurado um hospital público para poder ser examinada e medicada. Fiquei perplexo com a resposta dela.
Tereza, uma mulher de cerca de 55 anos, que empurra um carrinho de picolé o dia inteiro de sol a sol, do Cruzeiro até o Setor Gráfico, me disse que procurou, nos últimos 4 dias, as UPAs do Núcleo Bandeirantes e da Samambaia, além do hospitais do Gama e Santa Maria e, nos horários que ela foi, não havia um médico no pronto atendimento dessas unidades de saúde. Segundo ela, na UPA do Bandeirantes o atendente afirmou que "não tem médico em lugar nenhum".
Tereza, a guerreira, está se automedicando com a ajuda de um farmacêutico que está doando os remédios para ela, mas podemos imaginar como essa história pode terminar se esta mulher não conseguir atendimento médico.
A crueldade desse governador irresponsável e sem nenhum compromisso com a população mais carente do DF, é de causar inveja a Donatien Alphonse François, Marquês de SADE, soldado e novelista francês, famoso pelo desvio mental que o fazia ter prazer através da degradação e sofrimento imposto aos outros.
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