9 de ago. de 2019

É quase um assédio sexual.

O Coaf é o grande terror para Bolsonaro, porque só ele sabe o volume de transações ilegais que ele e a família dele fizeram durante mais de 20 anos. 

Bolsonaro simplesmente não sabe o que fazer com o Coaf. Daqui a pouco, ele falará em extinguir o órgão "porque dá muita despesa". 

Some-se a isso o mutismo sempre oportuno de Sergio Moro. Um ministro da justiça em busca de sua eterna vingança pessoal que é a razão final de sua vida: perseguir Lula. 

É quase um assédio sexual. 

O interessante é que todos eles se consomem a "inferno aberto". Reinaldo Azevedo, nosso hater bipolar do jornalismo industrial, encaixou mais uma boa: o método da loucura não vai dar certo.  

Para quem ainda acha que o bolsonarismo tem algum futuro, meus pêsames. A gente acha outra previsão delirante para esses narradores do próprio ego, vozes do medo, Cassandras digitais do apocalipse. 

O futuro do bolsonarismo é nos servir como testemunho do mais degradante e desumano ideário que já aportou em nosso horizonte azul-anil.  

O bolsonarismo é a confirmação, a prova empírica final e definitiva da podridão que é a nossa elite, nossa imprensa e nossa história, tudo junto. 

Foi (e já digo no passado) o pior mal e o mais necessário para que nós pudéssemos encarar de frente os bolsões de ódio impregnados na parcela subdesenvolvida da nossa cultura. 

Resta a nós, que sempre soubemos de tudo isso, o controle necessário para não cairmos na armadilha de querer comemorar o desaparecimento de Moro, Boslonaro, Dallagnol, Heleno e congêneres do terror travestido de purificação dos costumes (eles sempre usam essa fantasia). 

Quando todos esse imbecis tombarem, o país terá de ser reconstruído tudo de novo, tijolo por tijolo. 

A celebração terá de ser pelo tesão do trabalho, pela superação do desgosto e pelo sorriso de quem não tem medo de ser feliz. 

É preciso respeitar o futuro, pois ele ainda não aconteceu (já que ele depende da nossa ação). De sofrimento, basta o presente.

Gustavo Conde

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