3 de set. de 2019

Roda Viva apresenta o túmulo do jornalismo

Por Leandro Fortes, jornalista, Cobra Criada, Facebook

O Roda Viva com o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, deixou claro que a Lava Jato não destruiu apenas as instituições e a economia do País. Acabou, também, com o jornalismo brasileiro.

Diante de um dos mais importantes jornalistas do mundo e de uma pauta absolutamente instigante – os vazamentos do Telegram – a âncora do programa e a maioria dos repórteres presentes desandaram, inacreditavelmente, a fazer uma defesa rasa, servil da Lava Jato.

Trata-se de mais um subproduto do antipetismo: a falência, nas redações da mídia nacional, do pensamento crítico e da ousadia intectual.

De tanto se anular como repórter, o jornalista médio da imprensa brasileira tornou-se uma sombra do pensamento conservador, ora submisso, ora uma besta fera tola e irracional, a serviço dos interesses do patrão.

Tornaram-se, todos, tarefeiros.

Diante de um profissional como Glenn, acuados pela própria covardia, derretem-se em platitudes, incoerências e narrativas encomendadas.

As mais tristes, as mais deploráveis.

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