17 de dez. de 2020

LOBOS EM PELE DE CORDEIRO.

 


Sabe minha surpresa em ver grande parte da igreja evangélica adotar como seu messias político um sujeito do nível Bolsonaro? 

Nenhuma!

Um é a cara do outro. Nunca deram a mínima para o que se nomeia "dignidade humana". Transitam na bipolaridade Deus-diabo, onde o entremeio é um vácuo sem qualquer relevância, significado e conteúdo. Onde, às vezes, Deus faz o papel do diabo faz o papel de Deus.

Ora, essa mesma igreja foi a que esteve por vezes envolvida nas denúncias que resultaram na metade de cerca de vinte prisões de Luther King. É a mesma que compunha o staff do Apartheid sul-africano. É a mesma que disse amém ao probo Adolf Hitler, como nos dissera Erwin Lutzer, e deu as costas para Bonhoeffer. Nunca li nada com profundidade, mas experimente ver quem abençoava o reinado genocida do rei Leopoldo II da Bélgica. Franklin Graham (filho de Billy), disse, depois dos atentados de 2001, que os líderes deviam apoiar Bush em qualquer ação que ele tomasse. Ele tomou: invadiu o Iraque (que nada tinha a ver com 11/9) com as bênçãos, claro, de grande parte da igreja, cujo alguns de seus principais líderes ungiram os canhões que destruíram Bagdá. 

Claro que sempre houve e sempre haverá a igreja marginal. A igreja "bandida". Mas essa não faz parte do establishment religioso. Como Jesus, que sempre foi marginal, 'bandido ' e anti-establishment e nunca teve, absolutamente, nada a ver com esse circo político-ideológico-religioso armado em "seu nome". 

- Dilson Cunha

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