Grupo racista Naspers (do regime do Apartheid) é dono da Revista Veja.
Grupo racista é dono de 30% da Editora Veja.
Fundado na Cidade do Cabo, em 1915, o Naspers é o maior grupo de mídia do continente africano. Hoje a empresa é multinacional. Recentemente, o grupo adotou a estratégia de aumentar sua presença em países em desenvolvimento, associando-se a empresas locais na Rússia, na China e na Índia e agora no Brasil. Com forte atuação nos meios eletrônicos, sobretudo internet e TV por assinatura, o Naspers dará à Abril um novo dinamismo na produção e distribuição de conteúdo digital para outras mídias. Um dos projetos prontos para decolar é o que combina TV digital, internet e telefonia sem fio. Diz Roberto Civita: "É revolucionário".
Informação da própria Veja (Editora Abril): http://veja.abril.com.br/100506/p_087.html
Em 5 de maio de 2006, a empresa de mídia sul-africana Naspers adquiriu 30% das ações do Grupo Abril. Tratou-se da terceira transação a fazer uso das possibilidades abertas pela emenda constitucional nº36, de 2002, que permite a presença de capital estrangeiro em empresas jornalísticas e de radiodifusão -- antes completamente vedada -- até o limite de 30%. O novo dispositivo constitucional fora "inaugurado" pela própria Abril, quando, em agosto de 2004, ela recebeu um aporte do fundo de investimentos Capital Group, que passou a deter 13,8% da empresa.
A Naspers tem sua origem em 1915, quando surgiu com o nome de Nasionale Pers, um grupo nacionalista africâner (a denominação dos sul-africanos de origem holandesa, também conhecidos como bôeres, que foram derrotados pela Grã-Bretanha na guerra que terminou em 1902). Este agrupamento lançou o jornal diário Die Burger, que até hoje é líder de mercado no país. Durante décadas, o grupo, que passou a editar revistas e livros, esteve estreitamente vinculado ao Partido Nacional, a organização partidária das elites africâneres que legalizou o detestável e criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial.
Dos quadros da Naspers saíram os três primeiros-ministros do apartheid". O primeiro diretor do Die Burger foi D.F. Malan, que comandou o governo da África do Sul de 1948 a 1954 e lançou as bases legais da segregação racial. Já os líderes do Partido Nacional H.F. Verwoerd e P.W. Botha participaram do Conselho de Administração da Naspers. Verwoerd, que quando estudante na Alemanha teve ligações com os nazistas, consolidou o regime do apartheid, a que deu feição definitiva em seu governo, iniciado em 1958. Durante a sua gestão ocorreram o massacre de Sharpeville, a proibição do Congresso Nacional Africano (que hoje governa o país) e a prolongada condenação de Nelson Mandela.
Já P. Botha sustentou o apartheid como primeiro-ministro, de 1978 a 1984, e depois como presidente, até 1989. "Ele argumentava, junto ao governo dos Estados Unidos, que o apartheid era necessário para conter o comunismo em Angola e Moçambique, países vizinhos. Reforçou militarmente a África do Sul e pediu a colaboração de Israel para desenvolver a bomba atômica. Ordenou a intervenção de forças especiais sul-africanas na Namíbia e em Angola". Durante seu longo governo, a resistência negra na África do Sul, que cresceu, adquiriu maior radicalidade e conquistou a solidariedade internacional, foi cruelmente reprimida -- como tão bem retrata o filme "Um grito de liberdade", do diretor inglês Richard Attenborough (1987).
Segundo documentos divulgados pela própria Naspers, em 31 de dezembro de 2005, a Editora Abril tinha uma dívida liquida de aproximadamente US$ 500 milhões, com a família Civita detendo 86,2% das ações e o grupo estadunidense Capital International, 13,8%. A Naspers adquiriu em maio último todas as ações da empresa ianque, por US$ 177 milhões, mais US$ 86 milhões em ações da família Civita e outros US$ 159 milhões em papéis lançados pela Abril. "Com isso, a Naspers ficou com 30% do capital. O dinheiro injetado, segundo ela, serviria para pagar a maior parte das dividas da editora". Isto comprova que o poder deste conglomerado, que cresceu com a segregação racial, é hoje enorme e assustador na mídia brasileira.
A Editora Abril possui relações com instituições financeiras como o Banco Safra e a norte-americana JP Morgan -- a mesma que calcula o chamado 'risco-país', índice que designa o risco que os investidores correm quando investem no Brasil. Em outras palavras, ela expressa a percepção do investidor estrangeiro sobre a capacidade deste país 'honrar' os seus compromissos. Estas e outras instituições financeiras de peso são os debenturistas -- detentores das debêntures (títulos da dívida) -- da Editora Abril e de seu principal produto jornalístico. Em suma, responsáveis pela reestruturação da editora que publica a revista com linha editorial fortemente pró-mercado e anti-movimentos sociais.
Grupo racista é dono de 30% da Editora Veja.
Por: CMI Brasil
O Grupo Abril, que edita VEJA, tem desde a sexta-feira passada um novo sócio, o grupo sul-africano Naspers, empresa com quase um século de tradição e faturamento anual de 2 bilhões de dólares. O grupo investiu 422 milhões de dólares na compra de 30% do capital da Abril, no que se tornou sua maior injeção de dinheiro realizada no exterior. Os novos sócios da Abril editam jornais, revistas, operam canais de televisão paga e são agressivos em internet no próprio país e em empreendimentos na China, Rússia, Índia, Grécia, Chipre e Tailândia. Com o fechamento do negócio, a Abril comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a suspensão da operação em curso destinada a abrir o capital e que deveria gerar volume semelhante de recursos para o grupo. A transação com o Naspers incluiu a venda dos 13,8% do capital da Abril que pertenciam aos fundos de investimento administrados pela Capital International Inc. O ingresso de novos recursos permitirá à Abril reduzir substancialmente seu endividamento. Diz Roberto Civita, presidente do Grupo Abril: "Depois de cinco anos focados em pagar juros, finalmente poderemos voltar a investir para crescer e diversificar".
O negócio da Abril com o Naspers só se tornou possível com a aprovação em 2002 da emenda constitucional que permitiu a entrada nas empresas de mídia de investimentos estrangeiros na proporção de até 30%. A Abril já fora pioneira ao vender, em 2004, 13,8% ao fundo Capital. Os novos sócios terão lugar no conselho de administração da Abril, mas Civita mantém o controle do negócio com ele e sua família, o que ainda lhe garante controle integral sobre o conteúdo editorial dos títulos que publica ou vier a publicar. Diz Civita: "Na Abril, a governança editorial é independente da governança corporativa, e as coisas vão continuar assim. Caso contrário, não teria fechado o negócio". A Editora Abril foi fundada em São Paulo, por Victor Civita (1907-1990), que lançou em 1950 O Pato Donald, revista que seria apenas a primeira de dezenas de publicações que viriam a ser editadas nas décadas seguintes. Além da editora, fazem parte do grupo a TVA e as editoras Ática e Scipione. A Editora Abril é a maior empresa de publishing da América Latina. No Brasil publica seis das dez revistas mais vendidas e lidera em 22 dos 26 segmentos em que atua. Suas publicações chegam a 23 milhões de leitores, ou 54% do mercado brasileiro. VEJA tem a quarta maior tiragem do mundo entre as publicações semanais de informação e é a líder do gênero fora dos Estados Unidos. Fundado na Cidade do Cabo, em 1915, o Naspers é o maior grupo de mídia do continente africano. Hoje a empresa é multinacional. Recentemente, o grupo adotou a estratégia de aumentar sua presença em países em desenvolvimento, associando-se a empresas locais na Rússia, na China e na Índia e agora no Brasil. Com forte atuação nos meios eletrônicos, sobretudo internet e TV por assinatura, o Naspers dará à Abril um novo dinamismo na produção e distribuição de conteúdo digital para outras mídias. Um dos projetos prontos para decolar é o que combina TV digital, internet e telefonia sem fio. Diz Roberto Civita: "É revolucionário".
Informação da própria Veja (Editora Abril): http://veja.abril.com.br/100506/p_087.html
A Naspers tem sua origem em 1915, quando surgiu com o nome de Nasionale Pers, um grupo nacionalista africâner (a denominação dos sul-africanos de origem holandesa, também conhecidos como bôeres, que foram derrotados pela Grã-Bretanha na guerra que terminou em 1902). Este agrupamento lançou o jornal diário Die Burger, que até hoje é líder de mercado no país. Durante décadas, o grupo, que passou a editar revistas e livros, esteve estreitamente vinculado ao Partido Nacional, a organização partidária das elites africâneres que legalizou o detestável e criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial.
Dos quadros da Naspers saíram os três primeiros-ministros do apartheid". O primeiro diretor do Die Burger foi D.F. Malan, que comandou o governo da África do Sul de 1948 a 1954 e lançou as bases legais da segregação racial. Já os líderes do Partido Nacional H.F. Verwoerd e P.W. Botha participaram do Conselho de Administração da Naspers. Verwoerd, que quando estudante na Alemanha teve ligações com os nazistas, consolidou o regime do apartheid, a que deu feição definitiva em seu governo, iniciado em 1958. Durante a sua gestão ocorreram o massacre de Sharpeville, a proibição do Congresso Nacional Africano (que hoje governa o país) e a prolongada condenação de Nelson Mandela.
Já P. Botha sustentou o apartheid como primeiro-ministro, de 1978 a 1984, e depois como presidente, até 1989. "Ele argumentava, junto ao governo dos Estados Unidos, que o apartheid era necessário para conter o comunismo em Angola e Moçambique, países vizinhos. Reforçou militarmente a África do Sul e pediu a colaboração de Israel para desenvolver a bomba atômica. Ordenou a intervenção de forças especiais sul-africanas na Namíbia e em Angola". Durante seu longo governo, a resistência negra na África do Sul, que cresceu, adquiriu maior radicalidade e conquistou a solidariedade internacional, foi cruelmente reprimida -- como tão bem retrata o filme "Um grito de liberdade", do diretor inglês Richard Attenborough (1987).
Segundo documentos divulgados pela própria Naspers, em 31 de dezembro de 2005, a Editora Abril tinha uma dívida liquida de aproximadamente US$ 500 milhões, com a família Civita detendo 86,2% das ações e o grupo estadunidense Capital International, 13,8%. A Naspers adquiriu em maio último todas as ações da empresa ianque, por US$ 177 milhões, mais US$ 86 milhões em ações da família Civita e outros US$ 159 milhões em papéis lançados pela Abril. "Com isso, a Naspers ficou com 30% do capital. O dinheiro injetado, segundo ela, serviria para pagar a maior parte das dividas da editora". Isto comprova que o poder deste conglomerado, que cresceu com a segregação racial, é hoje enorme e assustador na mídia brasileira.
A Editora Abril possui relações com instituições financeiras como o Banco Safra e a norte-americana JP Morgan -- a mesma que calcula o chamado 'risco-país', índice que designa o risco que os investidores correm quando investem no Brasil. Em outras palavras, ela expressa a percepção do investidor estrangeiro sobre a capacidade deste país 'honrar' os seus compromissos. Estas e outras instituições financeiras de peso são os debenturistas -- detentores das debêntures (títulos da dívida) -- da Editora Abril e de seu principal produto jornalístico. Em suma, responsáveis pela reestruturação da editora que publica a revista com linha editorial fortemente pró-mercado e anti-movimentos sociais.
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