31 de jul. de 2018

Ainda vamos festejar e muito, diz Lula a brasileiros

Brasília, 29 jul (Prensa Latina) A mensagem de otimismo enviado pelo ex presidente Luiz Inácio Lula dá Silva aos artistas e aos mais de 60 mil assistentes ao Festival Lula Livre, em Rio de Janeiro, é destacado hoje aqui.

Ainda vamos festejar e muito. A alegria, a liberdade e a justiça de um povo que não tem medo e que não se entrega, escreveu o fundador e líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) de Brasil, preso político faz 114 dias na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba.

A mensagem foi dada a conhecer ontem à noite ante uma multidão congregada nos históricos Arcos de Lapa, na capital fluminense, para participar de um festival que contou com a participação, entre outros, de figuras como Chico Buarque de Hollanda e Gilberto Gil.

As primeiras palavras de Lula foram para agradecer a solidariedade de todos presentes ao encontro e recordar quantas vezes, quando a sociedade calou ante as barbaridades, foram os músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, bailarinos, artistas plásticos, cantores e poetas quem recordaram que amanhã seria outro dia.

O ex presidente declarou também o fato que fossem eles os que cressem na esperança e em flores vencendo canhões, e se rebelassem contra a censura imposta gritando que era proibido proibir.

Lula destacou ademais que artistas e intelectuais brasileiros estiveram sempre onde está o povo e agora 'nesta que é outra página infeliz de nossa história se unem novamente ao povo brasileiro para soltar a voz em nome da liberdade'.

Onde querem silêncio, seguiremos cantando, sublinhou o maior líder popular da história do Brasil antes de assinalar que são muitas as vezes em que a música, os livros, a arte, lhe ajudaram a vencer essa prova (sua injusta prisão), que não é maior que a de tantos pais e mães de família que hoje não sabem como trarão comida para casa.

'É em nome deles que não podemos desanimar jamais', enfatizou.

Exigir e defender a liberdade imediata de Lula dá Silva, preso político desde o passado 7 de abril, e demandar a volta do país à normalidade democrática, foram os principais propósitos do festival, convocado pelo músico, dramaturgo e escritor Chico Buarque e pelo cantor e compositor Martinho dá Vila.

O caso de Lula -apontava a convocação- 'tem um simbolismo único na história recente de nosso país', pois todo o julgamento a que foi submetido foi 'um erro jurídico sem limites'.

Pontuava além disso que resulta inadmissível tanto não permitir que Lula possa participar como candidato nas eleições presidenciais de outubro próximo, como o manter preso, em um ato de flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça.

'Opomo-nos rigorosamente à arbitrariedade a que Lula está submetido e que deve cessar de imediato. Queremos sua liberdade já', gritou o manifesto dos trabalhadores das artes e a cultura chamando a todos os setores democráticos da sociedade a participar do Festival Lula Livre.

mem/mpm/cc

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