18 de nov. de 2014

Ambiguidade - Por Sônia Corrêa

Era como se um filete de gelo lhe percorresse a espinha, toda vez que pensava que poderia estar entregue àquele sentimento que, sequer, saberia decifrar, ou, menos ainda, denominar. 
Sabia que desejava desmedidamente sentir aquele corpo no seu. 

Também apreendia a força desmesurada que lhe exercia as palavras vindas daquela pessoa.

Chegou a sonhar que um dia o encontro mágico ocorreria e dele surgiria uma linda história de amor. 

Nos passeios de sua imaginação, chegou a conjeturar núpcias e o tão sonhado “felizes para sempre”. 

Mais grave era acreditar que o que acontecia para si, o mesmo efeito ocorria naquele outro ser também. Em seguida todas as verdades e certezas esvaiam-se e no lugar delas o medo e a dúvida corroíam o cérebro e o coração. Que sentimento era aquele que era tão bom e tão passível de pânico?

(Por Sônia Corrêa)

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