Na tentativa de reduzir a poluição, mais uma cidade chinesa limita a venda de veículos.
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Na cidade de Shenzhen, localizada no Sul da China, as autoridades resolveram tomar uma medida drástica para tentar diminuir a poluição: limitaram a venda de veículos.
Só poderão fazer emplacamento 100 mil carros novos este ano na cidade chinesa, sendo que destes, 20 mil carros deverão ser elétricos. As pessoas que se candidatarem a comprar um veículo, serão selecionados por sorteio e leilão.
Atualmente a cidade de Shenzhen conta com uma população de 11 milhões de pessoas, equivalente a população da cidade de São Paulo. A Academia de Ciências da China divulgou recentemente que cerca de 3 milhões de veículos circulam no centro da cidade, por dia. Shenzhen também foi considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma cidade que registra níveis de poluição insustentável, seguindo os exemplos de outras cidades chinesas como Pequim e Xangai.
Shenzhené a sétima cidade chinesa a limitar a venda de automóveis, depois de Pequim, Xangai, Cantão, Guiyang, Tianjin e Hangzhou .
As autoridades ambientais estimam que as emissões dos automóveis sejam responsáveis por mais de 39,5% da densidade das partículas PM2.5, que afetam a qualidade do ar na cidade. Há pouco mais de vinte anos, a bicicleta era o único meio de transporte privado a que a maioria das famílias chinesas podia aspirar.
Em 2009, a China tornou-se o maior mercado de automóvel do mundo, ultrapassando os EUA, mas a densidade de veículos - estimada em cerca de 100 por cada mil habitantes - continua a ser muito inferior aos valores dos países mais desenvolvidos.
Apesar das crescentes restrições, em 2013 as vendas de veículos aumentaram 14% e todos os meses, em média, há mais de 1 milhão de novos automóveis nas estradas chinesas.
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